Essa é mais uma edição das Cartas do Submundo, onde compartilho um pouco das minhas reflexões e impressões cotidianas, meus processos com a escrita, rascunhos e muito mais através de trechos do meu diário pessoal.
Não se deixe enganar por esse subtítulo, não sou nova na vida de escritora. Aliás, já somo quase 10 anos vivenciando a vida através da escrita. Sou é nova na categoria das escritoras com livro publicado e isso ainda está me deslumbrando.
Na semana passada eu fiz a postagem dos meus livros no correio para os apoiadores do financiamento coletivo. que emoção enorme! Fiquei imaginando o caminho deles até a casa das pessoas que o compraram, meus versos chegando em cidades que eu nunca ouvi falar ou estreando antes de mim em lugares que eu sempre quis conhecer.
Meu livro está oficialmente no mundo, caramba!
Agora eu me sinto uma escritora mais de verdade, sabe? Não que antes eu fosse de mentira, mas agora é real oficial. Se eu pesquiso “o mundo por trás dos vulcões” no google, a IA Gemini gera um textinho contando sobre o meu livro:
Ainda estou embriagada de emoção e felicidade com esse pouco que já conquistei e, com tudo isso, eu constantemente me pego pensando sobre como todo esse processo começou, o caminho até aqui. Ando pensando até de um jeito meio obsessivo (risos nervosos), ou talvez eu ainda esteja processando o quanto eu estou contente e orgulhosa de mim, então resolvi contar mais uma vez essa história para encerrar esse ciclo.
No começo de 2024, eu estava afastada meio dos meus projetos, não estava trabalhando em nada específico, só em alguns poemas avulsos. Numa tentativa de me organizar e ter uma visão panorâmica de tudo que eu já tinha que valia a pena trabalhar, juntei todos os meus melhores poemas num rascunho enorme denominado poesias selvagens (sim, depois esse virou o nome do meu zine), dividido em 4 partes: atentos perderemos, a espiral, o caleidoscópio e o mundo por trás dos vulcões. Não foi nada planejado ou idealizado daquela forma, apenas juntei poemas que tinham um fundo de semelhança ente si, cada parte tendo características distintas.
Quando vi o processo seletivo da editora aberto, tratei de lapidar esse material, acabei optando pelo Mundo Por Trás dos Vulcões porque, ao meu ver, era o mais consistente, o que tinha mais poesias e cuja temática eu considerava bem cativante. Até pesquei alguns poemas de outros livros pra compor a versão final do livro, como Eu sou o elefante nas sala, que pertencia ao atentos perderemos.
Enviei o texto faltando pouquíssimos dias para encerrar o prazo de recebimento. A chamada aberta apareceu pra mim num anúncio do Instagram e vi que ainda tinha tempo para eu enviar, então arrisquei e corri pra entregar o material a tempo, no final de junho de 2024. Em julho, no dia 10, recebi a notícia de que o mundo por trás dos vulcões havia sido selecionado!
Infelizmente, a minha alegria não durou por muito tempo, porque no dia seguinte, antes mesmo que eu pudesse compartilhar a notícia com ela, perdi uma das pessoas mais importantes da minha vida. Nesse mês eu descobri que nem tudo é perfeito, e as vezes acontece da gente viver momentos incríveis ou realizar sonhos em períodos em que estamos extremamente frágeis, pra baixo e com o emocional parecendo uma paçoca esfarelada. Foi uma conquista de sabor amargo, mas ainda assim amei cada etapa do processo. Em partes, me agarrei bastante a isso pra me afastar do luto e da dor da perda. Dediquei o livro pra ela e pra minha mãe, mulheres essenciais na minha vida. Imagino que ela ia apreciar a homenagem, mesmo que não fosse conseguir ler o livro que escrevi.
A editora foi muito dedicada e cuidadosa para trazer minha obra ao mundo, sempre me mantendo a par de tudo e abertos às minhas ideias, então foi uma primeira experiência incrível! Curti bastante e me senti parte integral em todas as etapas. Inclusive, eles estão recebendo originais de prosa e poesia até o mês de maio, se você tem um projeto que sonha em trazer ao mundo, recomendo conhecer a Toma Ai Um Poema e enviar sua obra!
Agora eu me pego pensando um pouco sobre os meus próximos passos. Sinto minha esperança e confiança no meu trabalho com a escrita renovadas, desejo mais. Tenho alguns projetos em aberto, muitas ideias inconsistentes e uma vontade incessante de escrever e escrever e escrever. Rezo todos os dias para não perder esse impulso novamente, então estou buscando alimentá-lo cada vez mais. Com alguma sorte, em breve outros projetos meus verão a luz da publicação.
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💭 Nos vemos na próxima edição! Até lá, me conte tudo que você pensa: